Vivemos tempos intensos... tempos de euforia... de novas, duplas, simuladas, biossintetizadas vidas... vivemos uma explosão da comunicação... vivemos a era e a cratera das mensagens... o espetáculo do espetáculo... do entretenimento como linguagem... das gramáticas multisensoriais... vivemos a morte calculada nos games... lutamos com monstros, salvamos princesas, tomamos drogas digitais e compramos pênis com linden dollars... ouvimos música com a bunda... fazemos o nosso filme sem idéia na cabeça e com muitas câmeras nas mãos... sampleamos os sons do timus dos nossos ouvidos escabaçados por som e fúria, e scanneamos as moscas volantes que os nossos olhos enxergam permanentemente, vindas do fundo cintilante das telas opacas e líquidas que nunca mais desligaremos... buscamos o lixo digital como o novo playground... inaugurando uma nova ética que tem como princípio não fechar os olhos para os próprios dejetos. ao contrário, lidamos com o lixo, felizes como pinto... com alguma responsabilidade e muita energia... em uma nova estética que não olha nem para cima nem para baixo... tudo é superfície... refundamos a aldeia como uma all teia... global... o globo se implodiu antes de explodir com o seu próprio aquecimento... é hora de lidar com todas as extensões de nós mesmos, inclusive aquelas que nos estendem na forma de dejetos... porque excrementos também identificam a espécie... é chegada a hora de varrer o lixo que empurramos para debaixo do tapete da web... gerar, a partir dele, novos neuro-bio-combustíveis... modernizando os sentidos continuamente... tornando-os, finalmente, contemporâneos de si mesmos... Digital Trash Culture.

ElectroWoodPecker

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Viva o Low profile! We are trashy

Durante a maratona FILE SP2007, achei algo que poderia nos servir aqui: File antes do FILE, palestra de Ana Paula Felicissimo.
A File era uma revista de Toronto dos anos 60/70, criada para fazer uma ironia com a LIFE, o próprio nome é composto pelo mesmo anagrama.Partindo do mesmo princípio da arte de postal, ela circulava como um banco de imagens e portal de contatos underground (sempre crescente e acumulativo) , onde as pessoas incluiam seus nomes, faziam cópias e uma distribução colaborativa pelo mundo todo, formando uma grande teia.
Além da revista, existiam manifestos, como o Manifesto da Rede, e o questionamento do glamour do mundo artístico e dos próprios meios de comunicação.Era exatamente o tal do high profile que eles almejavam/debochavam em suas publicações.
A revista tem um fim trágico(?)...É incorporada, após sua compra, no grande circuito e vira uma peça fetiche no mercado canadense.
AH!!!E andando pela net, ainda me deparei com um terceiro FILE...bem legal também!!

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