Vivemos tempos intensos... tempos de euforia... de novas, duplas, simuladas, biossintetizadas vidas... vivemos uma explosão da comunicação... vivemos a era e a cratera das mensagens... o espetáculo do espetáculo... do entretenimento como linguagem... das gramáticas multisensoriais... vivemos a morte calculada nos games... lutamos com monstros, salvamos princesas, tomamos drogas digitais e compramos pênis com linden dollars... ouvimos música com a bunda... fazemos o nosso filme sem idéia na cabeça e com muitas câmeras nas mãos... sampleamos os sons do timus dos nossos ouvidos escabaçados por som e fúria, e scanneamos as moscas volantes que os nossos olhos enxergam permanentemente, vindas do fundo cintilante das telas opacas e líquidas que nunca mais desligaremos... buscamos o lixo digital como o novo playground... inaugurando uma nova ética que tem como princípio não fechar os olhos para os próprios dejetos. ao contrário, lidamos com o lixo, felizes como pinto... com alguma responsabilidade e muita energia... em uma nova estética que não olha nem para cima nem para baixo... tudo é superfície... refundamos a aldeia como uma all teia... global... o globo se implodiu antes de explodir com o seu próprio aquecimento... é hora de lidar com todas as extensões de nós mesmos, inclusive aquelas que nos estendem na forma de dejetos... porque excrementos também identificam a espécie... é chegada a hora de varrer o lixo que empurramos para debaixo do tapete da web... gerar, a partir dele, novos neuro-bio-combustíveis... modernizando os sentidos continuamente... tornando-os, finalmente, contemporâneos de si mesmos... Digital Trash Culture.

ElectroWoodPecker

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Dica de artigo sobre a cena japanoise


Aproveitando a semana Karkowski e o assunto cultura noise,
recomendo a leitura do artigo From subculture to cybersubculture?
The Japanese
noise alliance and the Internet
de Costa Caspary & Wolfram Manzenreiter,
In: GOTTLIEB, Nanette e McLELLAND, Mark (ed).
Japanese Cybercultures.

NY: Routledge, 2003. (pp.61-74)

O artigo faz uma boa análise etnográfica sobre
os usos comunicacionais da Internet pelos participantes
da cena noise japonesa, levantando questões
sobre hierarquias, autenticidade e laços sociais.
Aliás, o livro todo é extremamente interessante.
Confiram :)

Um comentário:

Anônimo disse...

Quem está afim de formatar um projetinho pra REALENETE realizar conteúdo dentro desse tema? Fazer um Canal no YouTube pra começar....eu topo e to afim de realizar isso, eu descolo os meios e agito preciso de gente afim de fazer uma parada destas....entre em contato pelo MSN, ta na minha pagina!