Vivemos tempos intensos... tempos de euforia... de novas, duplas, simuladas, biossintetizadas vidas... vivemos uma explosão da comunicação... vivemos a era e a cratera das mensagens... o espetáculo do espetáculo... do entretenimento como linguagem... das gramáticas multisensoriais... vivemos a morte calculada nos games... lutamos com monstros, salvamos princesas, tomamos drogas digitais e compramos pênis com linden dollars... ouvimos música com a bunda... fazemos o nosso filme sem idéia na cabeça e com muitas câmeras nas mãos... sampleamos os sons do timus dos nossos ouvidos escabaçados por som e fúria, e scanneamos as moscas volantes que os nossos olhos enxergam permanentemente, vindas do fundo cintilante das telas opacas e líquidas que nunca mais desligaremos... buscamos o lixo digital como o novo playground... inaugurando uma nova ética que tem como princípio não fechar os olhos para os próprios dejetos. ao contrário, lidamos com o lixo, felizes como pinto... com alguma responsabilidade e muita energia... em uma nova estética que não olha nem para cima nem para baixo... tudo é superfície... refundamos a aldeia como uma all teia... global... o globo se implodiu antes de explodir com o seu próprio aquecimento... é hora de lidar com todas as extensões de nós mesmos, inclusive aquelas que nos estendem na forma de dejetos... porque excrementos também identificam a espécie... é chegada a hora de varrer o lixo que empurramos para debaixo do tapete da web... gerar, a partir dele, novos neuro-bio-combustíveis... modernizando os sentidos continuamente... tornando-os, finalmente, contemporâneos de si mesmos... Digital Trash Culture.

ElectroWoodPecker

sábado, 22 de setembro de 2007

Circuit Bending

Matéria muito explicativa acerca do movimento Circuit Bending. Caso não conheça, experimente ler o argumento deste blog antes de ver o vídeo.

Digital Trash Culture na veia!



Abaixo, algumas referências:

http://www.dadaattack.com/dadatv.html

http://www.oddmusic.com/illogic/

http://billtmiller.com/circuitbending/

Um comentário:

Vinícius Andrade Pereira disse...

Beleza, Darwin. Mas, a gente já havia postado o circuit bending lá trás... depois dá uma olhada... inclusive o Daedalus, que é um dos cara do movimento, teve aqui no Rio este ano, falando no FILE e se apresentando no braço musical do festival.

abç