Vivemos tempos intensos... tempos de euforia... de novas, duplas, simuladas, biossintetizadas vidas... vivemos uma explosão da comunicação... vivemos a era e a cratera das mensagens... o espetáculo do espetáculo... do entretenimento como linguagem... das gramáticas multisensoriais... vivemos a morte calculada nos games... lutamos com monstros, salvamos princesas, tomamos drogas digitais e compramos pênis com linden dollars... ouvimos música com a bunda... fazemos o nosso filme sem idéia na cabeça e com muitas câmeras nas mãos... sampleamos os sons do timus dos nossos ouvidos escabaçados por som e fúria, e scanneamos as moscas volantes que os nossos olhos enxergam permanentemente, vindas do fundo cintilante das telas opacas e líquidas que nunca mais desligaremos... buscamos o lixo digital como o novo playground... inaugurando uma nova ética que tem como princípio não fechar os olhos para os próprios dejetos. ao contrário, lidamos com o lixo, felizes como pinto... com alguma responsabilidade e muita energia... em uma nova estética que não olha nem para cima nem para baixo... tudo é superfície... refundamos a aldeia como uma all teia... global... o globo se implodiu antes de explodir com o seu próprio aquecimento... é hora de lidar com todas as extensões de nós mesmos, inclusive aquelas que nos estendem na forma de dejetos... porque excrementos também identificam a espécie... é chegada a hora de varrer o lixo que empurramos para debaixo do tapete da web... gerar, a partir dele, novos neuro-bio-combustíveis... modernizando os sentidos continuamente... tornando-os, finalmente, contemporâneos de si mesmos... Digital Trash Culture.

ElectroWoodPecker

domingo, 27 de maio de 2007

A MARCHA DOS MORTOS-VIVOS

Não, não se trata do mais novo filme de George A. Romero. Desde 2003, reunir-se em bandos para marchar pelas ruas vestido de zumbi virou mania nos centros urbanos de várias partes do mundo.

As Zombie Walks, ou passeatas dos mortos-vivos, são organizadas através de sites, blogs, comunidades no Orkut e distribuição de flyers nos inferninhos locais. Mas ao contrário das flash mobs "tradicionais", intervenções surrealistas no espaço urbano realizadas por grupos que parecem surgir do nada e desaparecer sem deixar vestígios, as Zombie Walks não se diluem de repente. Os participantes se misturam na multidão e se espalham pela área, pois a idéia é simular uma invasão de zumbis como nos filmes de Romero, que certa vez afirmou que os mortos-vivos representam o que nos tornamos na sociedade do consumo.

A Zombie Walk mais expressiva em território nacional aconteceu em Porto Alegre, no dia 9 de dezembro de 2006, quando cerca de 400 zumbis cruzaram o centro da cidade à caráter (http://youtube.com/zombiewalk). Este ano estão previstas Zombie Walks em diversos estados. No Rio de Janeiro os participantes da Zombie Walk se encontrarão no Aterro do Flamengo, próximo à rua Buarque de Macedo, no Dia de Finados.

2 comentários:

ElectroWoodPecker disse...

Simone, para quem está buscando modelitos femininos para o próximo encontro, vale dar uma olhada no post acima, da she...
valeu,
bjs

Ela disse...

cara,
entrem nesse site!!!!
http://www.randomhouse.com/crown/zombiesurvivalguide/
mega legal!
=)


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