Vivemos tempos intensos... tempos de euforia... de novas, duplas, simuladas, biossintetizadas vidas... vivemos uma explosão da comunicação... vivemos a era e a cratera das mensagens... o espetáculo do espetáculo... do entretenimento como linguagem... das gramáticas multisensoriais... vivemos a morte calculada nos games... lutamos com monstros, salvamos princesas, tomamos drogas digitais e compramos pênis com linden dollars... ouvimos música com a bunda... fazemos o nosso filme sem idéia na cabeça e com muitas câmeras nas mãos... sampleamos os sons do timus dos nossos ouvidos escabaçados por som e fúria, e scanneamos as moscas volantes que os nossos olhos enxergam permanentemente, vindas do fundo cintilante das telas opacas e líquidas que nunca mais desligaremos... buscamos o lixo digital como o novo playground... inaugurando uma nova ética que tem como princípio não fechar os olhos para os próprios dejetos. ao contrário, lidamos com o lixo, felizes como pinto... com alguma responsabilidade e muita energia... em uma nova estética que não olha nem para cima nem para baixo... tudo é superfície... refundamos a aldeia como uma all teia... global... o globo se implodiu antes de explodir com o seu próprio aquecimento... é hora de lidar com todas as extensões de nós mesmos, inclusive aquelas que nos estendem na forma de dejetos... porque excrementos também identificam a espécie... é chegada a hora de varrer o lixo que empurramos para debaixo do tapete da web... gerar, a partir dele, novos neuro-bio-combustíveis... modernizando os sentidos continuamente... tornando-os, finalmente, contemporâneos de si mesmos... Digital Trash Culture.

ElectroWoodPecker

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

My Girl (spoof)

Aproveitando que ontem teve oscar e eu não recebi nenhuma estatueta, resolvi produzir um material independente. O vídeo abaixo é uma versão à capela da música My Girl. Ele foi feito usando apenas quatro coisas: uma câmera (iSight), o software final cut studio (vídeo no final cut e audio no soundtrack), um headphone e um palhaço cantor (no caso, eu mesmo).

Filmei seis vezes, cantando em cada uma das tracks uma voz diferente. Para cantar no tempo, coloquei a música tocando no headphone e cantei o primeiro “tá tun tun” em todos os takes para servir de claquete (o ponto de tempo para deixar no sync). Após montar tudo no Final cut, enviei o projeto para o soundtrack e editei o audio, inclusive tirei os “ta tun tun” das outras tracks. Depois finalizei, postei no youtube e agora estou divulgando para as pessoas que curtem esse tipo de entretenimento.

Gostou? Indique para um amigo (quem inventou essa frase deveria ter registrado ou patenteado, não sei)

nunoboggiss

2 comentários:

Vinícius Andrade Pereira disse...

Nuno, mais uma obra digna do Oscar Digital Trash... No festival que iremos oraganizar sobre o tema vc merece, desde já, um prêmio especial pelo conjunto da obra...
Grande abraço!

Tulio Bambino disse...

Maneiro! Gostei do ativar via cores! Boa idéia!